Experiências no campo

Primeira fase: A espera

Logo que chegamos em Cusco, tínhamos a certeza de que Deus estava respaldando o nosso chamado para essa cidade, pois não sentimos nenhuma dor de cabeça, nenhuma náusea e isso era uma impressão de que devíamos ficar sem ter que sairmos e buscar um outro local para a nossa adaptação. Nosso chamado realmente era para Cusco. Mas não demorou muito para surgirem as primeiras indagações a respeito de como iniciaríamos o nosso trabalho. Esse primeiro momento é crucial na vida de um missionário, pois qualquer decisão errada implica no insucesso da missão. Com isso aprendemos que a primeira coisa que um missionário deve fazer é esperar, não se apressar e orar, afim de que Deus possa orientá-lo nas importantes decisões a serem tomadas. Aprendi que a paciência é uma obra perfeita (Tg.1.4), pois se em alguns momentos tivéssemos nos apressados na tomada de algumas decisões, talvéz seguer estaríamos hoje como missionários no Perú. Temos que saber que em todas os momentos de nossa vida, somos dependentes de Deus. Não é o missionário o responsável diretamente pelo sucesso da obra, evidentemente temos a obrigação como missionários de estarmos dispostos a fazer o trabalho, porém o principal protagonista na obra missionária é o próprio Deus que usa o sobrenatural para determinar o sucesso da missão.

Segunda fase: A adaptação

Certos de que Deus havia permitido a nossa permanência na cidade de Cusco, agora só nos restava buscar uma casa. Estávamos procurando por toda parte. A quase um mês na casa do Pr. Gabino, não era nada agradável permanecermos lá, pois não queríamos continuar incomodando. Confesso que saía em busca de uma residencia, um lugar para alugar, mas não encontrava, até que Deus abriu as portas e fomos a casa de um certo médico, o Dr. Jorge Sotomayor, além de médico, ele também era evangélico, não tivemos dúvida, aquela casa seria o nosso lar até quando o nosso Deus permitisse. Nos mudamos imediatamente. Um bairro tranquilo, uma visinhança agradável e decidimos então abrir as portas da nossa casa para começar as reuniões evangelísticas. Começamos com uma família. Era a família do irmão Braulio Alegre e sua irmã, Angélica Alegre, irmãos da esposa do Pr. Gabino, irmã Rina. Braulio a tempos que não se congregava e a irmã Angélica descobriu na nossa casa um lugar onde poderia também receber a Palavra de Deus. Logo depois já estávamos contando também com a presença da irmã Helena. Helena aceitou a Cristo nos Estados Unidos ao visitar sua tia a irmã Katy. Quando Helena regressou a Cusco, buscou a sede da Convenção da Assembléia de Deus no Perú, e o Pr. Gabino, então nos incumbiu de cuidar da nova convertida. Em visitas ao bairro, conhecemos Igor, um jóvem que morava na num bairro chamado San Sebastian. Ele havia entregado sua vida a Cristo, mas necessitava ser consolidado e então decidimos também discipulá-lo. Através de Igor, conhecemos a irmã Selva, que também começou a nos visitar em nossas reuniões. Em um curto período de tempo, estávamos começando com sete pessoas, contando com Aline e eu. Realizávamos reuniões nos domingos a tarde e tínhamos que ajudar o Pr. Gabino no culto central de sua igreja. Com isso a nossa adaptação foi rápida, pois tínhamos que trabalhar para o Senhor sem perca de tempo

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